terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como Evitar Desequilíbrios Religiosos


Como Evitar Desequilíbrios Religiosos 
Arthur W. Pink 

Vigilância, oração, autodisciplina e aquiescência inteligente aos propósitos de Deus são indispensáveis para qualquer progresso real na santidade. Existem certas áreas de nossas vidas em que os nossos esforços para sermos corretos nos podem conduzir ao erro, a um erro tão grande que leva à própria deformação espiritual. Por exemplo:

1. Quando, em nossa determinação de nos tornarmos ousados, nos tornamos atrevidos. Coragem e mansidão são qualidades compatíveis; ambas eram encontradas em perfeitas proporções em Cristo, e ambas brilharam esplendidamente na confrontação com os seus adversários. Pedro, diante do sinédrio, e Paulo, diante do rei Ágripa, demonstraram ambas essas qualidades, ainda que noutra ocasião, quando a ousadia de Paulo temporariamente perdeu o seu amor e se tornou carnal, ele houvesse dito ao sumo sacerdote: "Deus há de ferir-te, parede branqueada". No entanto, deve-se dar um crédito ao apóstolo, quando, ao perceber o que havia feito, desculpou-se imediatamente (At 23.1-5).

2. Quando, em nosso desejo de sermos francos, tornamo-nos rudes. Candura sem aspereza sempre se encontrou no homem Cristo Jesus. O crente que se vangloria de sempre chamar de ferro o que é de ferro, acabará chamando tudo pelo nome de ferro. Até o fogoso Pedro aprendeu que o amor não deixa escapar da boca tudo quanto sabe (1 Pe 4.8).

3. Quando, em nossos esforços para sermos vigilantes, ficamos a suspeitar de todos. Posto que há muitos adversários, somos tentados a ver inimigos onde nenhum deles existe. Por causa do conflito com o erro, tendemos a desenvolver um espírito de hostilidade para com todos quantos discordam de nós em qualquer coisa. Satanás pouco se importa se seguimos uma doutrina falsa ou se meramente nos tornamos amargos. Pois em ambos os casos ele sai vencedor.

4. Quando tentamos ser sérios e nos tornamos sombrios. Os santos sempre foram pessoas sérias, mas a melancolia é um defeito de caráter e jamais deveria ser mesclada com a piedade. A melancolia religiosa pode indicar a presença de incredulidade ou pecado, e, se deixarmos que tal melancolia prossiga por muito tempo, pode conduzir a graves perturbações mentais. A alegria é a grande terapia da mente. "Alegrai-vos sempre no Senhor" ( Fp 4.4).

5. Quando tencionamos ser conscienciosos e nos tornamos escrupulosos em demasia. Se o diabo não puder destruir a consciência, seus esforços se concentrarão na tentativa de enfermá-la. Conheço crentes que vivem em um estado de angústia permanente, temendo que venham a desagradar a Deus. Seu mundo de atos permitidos se torna mais e mais estreito, até que finalmente temem atirar-se nas atividades comuns da vida. E ainda acreditam que essa auto-tortura é uma prova de piedade.

Enquanto os filósofos religiosos buscam corrigir essa assimetria (que é comum à toda raça humana), pregando o "meio-termo áureo", o cristianismo oferece um remédio muito mais eficaz. O cristianismo, estando de pleno acordo com todos os fatos da existência, leva em consideração este desequilíbrio moral da vida humana, e o medicamento que oferece não é uma nova filosofia, e sim uma nova vida. O ideal aspirado pelo crente não consiste em andar pelo caminho perfeito, mas em ser conformado à imagem de Cristo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

EXAMINANDO O ARREPENDIMENTO.




Amados, recebi essa reflexão por email, achei bastante alimentadora para nossas vidas, porisso resolvi posta-la para compartilhar com os queridos irmaõs.(Luciano).


Thomas Watson



"Porque, quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio." II Cor 7.10,11



Se alguém diz que se arrependeu, desejo que examine-se a si mesmo, seriamente, por meio dos sete... efeitos do arrependimento delineados pelo apóstolo em 2 Coríntios 7.11.



1.Cuidado. A palavra grega significa uma diligência intensa ou um esquivar-se atento de todas as tentações ao pecado. O homem verdadeiramente arrependido foge do pecado como Moisés fugiu da serpente.



2. Defesa. A palavra grega é apologia. O sentido é este: embora tenhamos muito cuidado, podemos cair no pecado devido à força da tentação. Ora, nesse caso, o crente arrependido não deixa o pecado supurar em sua alma; antes, julga a si mesmo por causa de seu pecado. Derrama lágrimas perante o Senhor. Clama por misericórdia em nome de Cristo e não O deixa, enquanto não obtém o seu perdão. Assim, em sua consciência, ele é defendido da culpa e se torna capaz de criar uma apologia para si mesmo contra Satanás.



3. Indignação. Aquele que se arrepende levanta o seu espírito contra o pecado, assim como o sangue de alguém sobe quando ele vê um indivíduo a quem odeia mortalmente. A indignação significa ficar importunado no coração por causa do pecado. O penitente sente-se inquieto consigo mesmo. Davi chamou a si mesmo de "ignorante" e "irracional" (Sl 73.22). Agradamos mais a Deus quando arrazoamos com nossa alma por conta do pecado.



4. Temor. Um coração sensível é sempre um coração que teme. O penitente sentiu a amargura do pecado. Este vespa o ferrou, e agora, tendo esperança de que Deus está reconciliado, ele teme se aproximar novamente do pecado. A alma penitente está cheia de temor. Tem medo de perder o favor de Deus, que é melhor do que a vida, e receia que, por falta de diligência, fique aquém da salvação. A alma penitente teme que, depois de amolecido o seu coração, as águas do arrependimento sejam congeladas, e ela seja endurecida no pecado novamente. "Feliz o homem constante no temor de Deus" (Pv 28.14)... Uma pessoa que se arrependeu teme e não peca; uma pessoa que não tem a graça de Deus peca e não teme.



5. Desejo intenso. Assim como o bom tempero estimula o apetite, assim também as ervas amargas do arrependimento estimulam o desejo. O que o penitente deseja? Ele deseja mais poder contra o pecado, bem como ser livre deste. É verdade que ele está livre de Satanás; mas anda como um prisioneiro que escapou da prisão com algemas nas pernas. Ele não pode andar com liberdade e destreza nos caminhos de Deus. Deseja, portanto, que as algemas do pecado sejam removidas. Ele quer ser livre da corrupção. Clama nas mesmas palavras de Paulo: "Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.24). Em resumo, ele deseja estar com Cristo, assim como tudo deseja estar em seu devido lugar.



6. Zelo. Desejo e zelo são colocados lado a lado a fim de mostrar que o verdadeiro desejo se manifesta em esforço zeloso. Oh! como o crente arrependido se estimula nas coisas pertinentes à salvação! Como se empenha para tomar por esforço o reino de Deus (Mt 11.12)! O zelo incita a busca pela glória. Ao se deparar com dificuldades, o zelo é encorajado pela oposição e sobrepuja o perigo. O zelo faz o crente arrependido persistir na tristeza santa mesmo diante de todos os desencorajamentos e oposições. O zelo desprende o crente de si mesmo e leva-o a buscar a glória de Deus. Paulo, antes de sua conversão, era enfurecido contra os santos (At 26.11). Depois da conversão, ele foi considerado louco por amor a Cristo: "As muitas letras te fazem delirar!" (At 26.24). Paulo tinha zelo e não delírio. O zelo causa fervor na vida espiritual, que é como fogo para o sacrifício (Rm 12.11). O zelo é um estímulo para o dever, assim como o temor é um freio para o pecado.



7. Vindita. Um crente verdadeiramente arrependido persegue os seus pecados com uma malignidade santa. Busca a morte dos pecados como Sansão queria vingar-se dos filisteus pelos seus dois olhos. O crente arrependido age com seus pecados da mesma maneira como os judeus agiram com Cristo. Ele lhes dá fel e vinagre para beberem. Crucifica as suas concupiscências (Gl 5.24). Um verdadeiro filho de Deus busca a ruína daqueles pecados que mais desonram a Deus... Com o pecado, Davi contaminou o seu leito; depois, pelo arrependimento, ele inundou seu leito com lágrimas. Os israelitas pecaram pela idolatria e, posteriormente, viram como desgraça os seus ídolos: "E terás por contaminados a prata que recobre as imagens esculpidas e o ouro que reveste as tuas imagens de fundição" (Is 30.22)... As mulheres israelitas que haviam se vestido à moda da época e, por orgulho, tinham abusado do uso de seus espelhos ofereceram-nos depois, tanto por zelo como por vingança, para o serviço do tabernáculo de Deus (Êx 38.8). Com o mesmo sentimento, os mágicos... quando se arrependeram, trouxeram seus livros e, por vindita, queimaram-nos (At 19.19).



Estes são os benditos frutos e resultados do arrependimento. Se os acharmos em nossa alma, chegamos àquele arrependimento do qual nos arrependeremos (2 Co 7.10).

sábado, 21 de maio de 2011

PEDOFILIA


O termo pedofília é a junção de duas palavras gregas (Pais = criança e philia = amor, amizade, afeição) que numa tradução livre pode significar atração por criança. Apesar de não ser um termo encontrados nas Escrituras, certamente se trata de um dos pecados mais abomináveis que o homem possa cometer. O texto mas claro sobre proibições sexuais do AT é o encontrado no livro de Levítico, cap 18, e dentro deste texto há uma referência a crianças: Não entregue seus filhos para serem sacraficados a moloque (v21). Nas Escrituras as práticas de adoração pagãs, geralmente, implícavam também em relações sexuais ilícitas; nem por isso pode se afirmar que moloque exigia que suas oferendas (crianças) fossem abusadas sexualmente e depois queimadas. Mas, é no mínimo interesante que o autor bíblico, inspirado pelo Espírito Santo tenha colocado esse verso dentro do contexto de práticas sexuais ilícitas. E em harmonia com essa idéia é que o Apóstolo Paulo compara práticas sexuais ilícitas a idolatria(cl 3.5).

Então quando nas Escrituras as pessoas deixavam de ser criança e estavam prontas para o casamento? os moços geralmente demoravam um pouco mais, primeiro herdavam a profissão do pai e depois constitíam família. As meninas, assim que menstruavam, estavam prontas para o casamento. Diante da nossa sociedade isto seria uma transgreção á lei. Mas, na Palestina do primeiro século, não era. A maioridade passou a ser 18 ou 21 anos. dependendo do caso, a partir das novas concepções da psicologia moderna. Mas, pode-se contrair matrimônio a partir da idade em que isto acontecia na bíblia? Não, porque a bíblia é um livro que se contextualiza dentro das sociedades, desde que seus príncipios fundamentais não sejam infrigidos. Portanto, orienta aos crentes que estes estão sujeitos a Lei Civil de seus países(Rm 13.1-7; ITm 2.1-2; IPe 2.13-14). De modo que, dentro de nosso pais o casamento pode acontecer desde que os envolvidos sejam maiores de 18 anos, ou, dependendo do caso, a partir dos 16 anos, se autorizado legalmente pelos pais.

A pedofília é pecado por diversas razões: se trata de uma união forçada entre um homem ou uma mulher mas velha com uma criança que não tem o discernimento de um adulto; implica muitas vezes em violência e maus tratos; geralmente é praticada por pessoas do mesmo sexo( homens mas velhos com meninos são os casos mais comuns de pedofília); pelo fato ser relação sexual ilícita é comparada a idolatria; e, sobretudo, é pecado por estar em desarmonia total com a vontade de Deus para o ser humano. Também é verdade que pessoas abusadas na infância podem desenvolver distúrbios sexuais importantes, podendo vir a ser pedófilos potenciais.

A maioria dos casos de pedofília acontece dentro de casa, onde as crianças são abusadas por seu parentes mas próximos(pais e mães, avôs e avós, tios e tias, primos e primas e etc.) A resposta bíblica a quem abusa é arrependimento, confissão abondono do pecado e prestação de contas e, se for o caso, tratamento psiquiátrico. Ao abusado cabe o abraço da Igreja e a compaixão. Para ambos muita oração. A pedofília é uma atitude pecaminosa e bizarra. A única relação sexual lícita é a união entre um homem e uma mulher, devendo ambos serem livres, adultos e responsavéis, que no tempo certo deixam pai e mãe e tornan-se uma só carne, devendo fidelidade conjugal um ao outro.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O TOQUE DE DEUS!!!




O Toque do Senhor.

Pastor John Piper



"Também Saul se foi para sua casa, a Gibeá; e foi com ele uma tropa de homens cujo coração Deus tocara (I Samuel 10:26)."



Ler estas palavras tem me levado a orar por um novo toque de Deus. Que coisa maravilhosa é ser tocado por Deus, no coração! Não existe nada incomum a respeito da palavra hebraica usada neste versículo; ela significa apenas "tocar", no sentido comum. Deus tocou o coração daqueles homens.



O toque de Deus no coração de alguém é algo impressionante. É impressionante porque o coração é tão precioso para nós - tão profundo, tão íntimo, tão pessoal. Quando o coração é tocado, somos tocados profundamente. Alguém penetrou as camadas protetoras e chegou ao centro. Fomos conhecidos. Fomos descobertos e vistos.



O toque de Deus é impressionante porque Deus é Deus. Pense no que é dito neste versículo! Deus tocou aqueles homens. Não foi a esposa, nem um filho, nem o pai ou a mãe, nem um conselheiro. Foi Deus quem tocou. Aquele que tem infinito poder no universo. Aquele que tem infinita autoridade, sabedoria, amor, bondade, pureza e justiça. Foi Ele quem tocou o coração daqueles homens.



O toque de Deus é impressionante porque é um toque. É uma conexão verdadeira. O fato de que esse toque envolve o coração é impressionante. O fato de que esse toque envolve a Deus é admirável. E, por ser um toque real é maravilhoso. Os homens valentes não somente ouviram palavras sendo-lhes dirigidas. Não somente receberam uma influência divina. Não foram apenas vistos e conhecidos externamente. Deus, com infinita condescendência, tocou-lhes o coração. Deus estava bem próximo. E os homens não foram consumidos.



Amo esse toque. Desejo-o mais e mais. Desejo-o para mim mesmo e para todos os membros de nossa igreja. Rogo a Deus que toque em mim e em toda a sua igreja, de maneira nova e profunda, para a sua glória. O texto bíblico diz que eles eram uma tropa de homens - "e foi com ele uma tropa de homens cujo coração Deus tocara". A palavra hebraica traz consigo a idéia de força, coragem, substância. Oh! que os santos de Deus sejam valentes para o Senhor - corajosos, fortes e cheios de dignidade, beleza e verdade!



Orem comigo para que tenhamos esse toque. Se vier com fogo, que assim seja! Se vier com água, que assim também seja! Se vier com vento, faze-o vir, ó Deus! Se vier com trovões e relâmpagos, prostremo-nos ante esse toque. Ó Senhor, vem! Aproxima-te bastante, para tocar-nos. Envolve-nos com o amianto da tua graça. Penetra o profundo de nosso coração e toca-o. Queima, encharca, sopra, esmaga. Ou, usa uma voz suave e tranqüila. Não importa a maneira, vem. Vem e toca o nosso coração.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

RICARDO GONDIM afirma: "Deus nos livre de um Brasil Evangélico".



O pastor, escritor, conferencista e poeta Ricardo Gondim, nacionalmente conhecido por suas pregações inteligentes e críticas,postou um texto em seu blog dizendo que o país entrará em decadência caso seja governado por Evangélicos. A crítica, explicada no texto, não se refere ao cristianismo, mas sim a religião. Ricardo Gondim descreveu cenas prevendo ações dos evangélicos. Segundo ele o país se tornará chato, entediante e repressor. Até mesmo mais ditador que os outros regimes, pois a religião evangélica está longe de ser algo livre. " E a esse movimento não interessa que haja um veloz crescimento entre católicos ou que ortodoxos se alastrem." Para ser do Senhor Jesus, o Brasil tem que virar "crente", com a cara dos evangélicos ", escreveu o pastor.

Algo grave que iria acontecer seria a inibição da criatividade, já que muitos poetas, escritores, cientistas e musicos seriam repremidos e as teorias ja existentes seriam ignoradas, elevando o grau de desconhecimento e percepções sobre o mundo.

"Um Brasil evangélico significaria o triunfo do 'american wue of life', já que muito do que se entende por espiritualidade e moralidade não passa de cópia malfeita da cultura do Norte. Um Brasil evangélico acirraria o preconceito contra a Igreja católica e viria a criar uma elite religiosa, os ungidos mais pervesa que a dos aiatolás iranianos", afirmou Gondim.

A crítica refere-se principalmente á importação dos usos e costumes estadunidenses, pois muito da cultura de lá é copiada em algumas igrejas brasileiras, ignorando a propia cultura desse país. O texto segue falando da repressão aos católicos, póis se os evangélicos fossem maioria poderia até existir uma nova "Guerra Santa".

Ele comentou que prefere ler textos de Gabriél Garcia Márquez, do Mia Couto, do Victo Hugo, do fernando Moraes, do João Ubaldo Ribeiro, do Jorge Amado a qualquer livro da série"Deixados para trás" ou do Max Lucado. Embora Gondim tenha criticado de forma sutil os livros de Max Lucado, muitos de seus livros foram publicados pela MK editora, a mesma que detém direitos para tradução e publicação de alguns livros de Lucado.

Gondim é presidente nacional da Igreja Assembléia de Deus Betesda, que do hebraico significa "Casa da Misericórdia". Sua trajetória na fé iniciou em uma igreja Presbiteriana e mais tarde passou a participar da Assembléia de Deus, depois foi para a Assembléia de Deus Betesda. Sua jornada como pastor tem gerado muita polêmica pois é contra a teologia da prosperidade e maldição hereditária. Entre os Calvinistas já foi apontado como herético, por sua visão é de se afastar da religiosidade.
Já escreveu 21 livros que em sua maioria tenta responder dúvidas de muitos cristãos e que em suma falam de um relacionamento aberto com Deus.

Em seu texto crítico á regência evangélica no Brasil concluiu sintetizando sua idéia central."Levar a boa noticia não significa exportar uma cultura, criar um dialeto, forçar uma ética. Evangélizar é anunciar que todos podem continuar a costurar,compor, escrever, brincar, encenar, praticar a justiça e criar meios de solidariedade; Deus não é rival da liberdade humana, mas seu maior incentivador".


(fonte; jornal enfoque cristão).

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"LUTO" ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS!!!!



Deus criou a humanidade com a habilidade de escolher. Isso quer dizer que não somos forçados a um relacionamento com ele. Ele nos permite rejeitá-lo e nos permite cometer atos ruins da mesma forma. Ele poderia forçar-nos a ser amáveis. Ele poderia forçar-nos a ser bons. Mas então que tipo de relacionamento teríamos com ele? Não seria de jeito nenhum um relacionamento, mas uma obediência forçada e absolutamente controlada. Ao invés disso, Ele nos deu a dignidade humana do livre arbítrio.

Naturalmente, nós choramos do fundo das nossas almas... "mas Deus, como você poderia deixar algo desta magnitude acontecer?"

Como gostaríamos que ele agisse? Nós queremos que ele controle as ações das pessoas? No caso de lidar com ataques terroristas, qual poderia ser possivelmente um número aceitável de mortes que Deus permitisse?! Nos sentiríamos melhor se Deus permitisse somente o assassinato de centenas? Nos sentiríamos melhor se Deus permitisse somente a morte de uma pessoa? Mesmo se Deus evitar a morte de uma pessoa, já não há liberdade de escolha . Pessoas escolhem ignorar a Deus, desafiar a Deus, viver à sua própria maneira e cometer atos horríveis contra os outros.

(fonte-sua escolha.com)

domingo, 3 de abril de 2011

APÓSTOLOS? HOJE?




O rev. Augustus Nicodemus Lopes, sempre que pode nos faz uma visita a nossa igreja, é uma benção!!! por isso resolvi postar este texto espetácular, não para causar contendas no blog, mas para servir de reflexão áqueles que não abrem mão de seus "Apóstolos". Segue o texto.

Augustus Nicodemus Lopes



[Não se preocupem, o apóstolo Juvenal não existe. Também nunca tive amigo que virou apóstolo. O apóstolo Juvenal é uma personagem fictícia, embora baseada em personagens da vida real.]


Meu caro Juvenal,


Espero que você se lembre de mim, o Augustus Nicodemus, seu colega de turma do seminário presbiteriano (talvez você se lembre pelo apelido "Brutus" que eu odiava...!). Faz uns 20 anos que não temos contato. Só recentemente consegui seu e-mail, com o Mário, nosso amigo comum.



Desculpe não lhe tratar como "apóstolo". Você sabe, desde os tempos do seminário, que minha opinião é que os apóstolos constituíram um grupo único e exclusivo na história da Igreja e que hoje não existem mais. Qual não foi a minha surpresa quando me deparei com seu programa de televisão e com você se apresentando como "apóstolo" Juvenal! Eu não sabia que você tinha deixado o pastorado em nossa denominação, montado uma comunidade e adquirido esse título de "apóstolo", o qual, como já disse, não consigo reconhecer como legítimo.

Você sabe que para nós, cristãos históricos reformados, os apóstolos de Jesus Cristo tiveram um papel crucial e extremamente relevante na fundação da Igreja cristã. É um cargo, um ofício, tão sério e fundamental, que ver pessoas usando esse título nos dias de hoje causa um grande desconforto, uma profunda perplexidade e tristeza inominável. Não consigo imaginar uma banalização maior do que essa. Não que você seja uma pessoa indigna, pífia, pérfida ou mesquinha -- não se trata disso. Eu sentiria a mesma coisa se o próprio Calvino resolvesse usar esse título para si.


Não sei o que se passou por sua cabeça para que você, que conhece a Bíblia e a história da Igreja, resolvesse virar um "apóstolo" e montar sua própria comunidade. Pelo seu programa de televisão, ficou patente para mim que você adotou os cacoetes, o linguajar e as idéias que são próprias dos outros "apóstolos" que já estão por ai há mais tempo que você. Valendo-me da nossa amizade dos tempos de seminário, resolvi escrever-lhe e tirar as dúvidas, perguntar diretamente a você, para não ficar imaginando coisas.



1) Quem foi que lhe conferiu esse status, Juvenal? Refiro-me ao título de "apóstolo". Nas igrejas históricas ninguém toma para si o cargo, a função e o título de diácono, presbítero, pastor. São títulos concedidos por essas igrejas a pessoas que elas reconhecem como vocacionadas e aptas para a função. Não sei quem lhe conferiu esse título de "apóstolo". Ouvi falar que existe um conselho de apóstolos no Brasil, ligado a outros conselhos similares no exterior, que é quem ordena e investe os apóstolos no Brasil. Mas, pergunto, quem ordenou, investiu e autorizou os membros desse conselho de apóstolos? Em algum momento, chegaremos ao ponto em que alguém se autonomeou apóstolo, já que esse título e ofício deixaram de existir na Igreja Cristã desde o século I. Os apóstolos de Cristo não deixaram sucessores que por sua vez fizessem outros sucessores, numa corrente ininterrupta até os dias de hoje. Só quem reivindica isso é o Papa e nós não aceitamos essa reivindicação -- aliás, esse foi um dos motivos da Reforma protestante ter acontecido. Por isso, considero a utilização do título "apóstolo" hoje como uma usurpação, uma apropriação indevida dentro da Igreja de uma função histórica que não mais existe.



2) Fala sério, Juvenal, você acha mesmo que é um apóstolo? Quando você usa esse título para si, você está se igualando aos Doze Apóstolos e a Paulo, ou simplesmente usa o termo no sentido de "enviado, missionário", que é o sentido básico da palavra no grego? Se for nesse último sentido, fico menos consternado. Há outras pessoas na Bíblia que são referidas como apóstolos, além dos Doze e Paulo, como Tiago, irmão do Senhor (Gálatas 1:19; mas veja 1Coríntios 9:5 onde Paulo distingue entre apóstolos e os irmãos do Senhor) e Barnabé (Atos 14.14). O sentido aqui é quase sempre de enviado de igrejas locais, missionário, para usar o termo mais popular. Todavia, esse uso é secundário e desconhecido pelas igrejas modernas. Quando se fala em "apóstolo", as pessoas imediatamente associam o termo a Pedro, Tiago, João, Paulo, etc. Usar o título "apóstolo" hoje é igualar-se a eles ou, no mínimo, causar confusão na mente das pessoas. Você acredita mesmo que é um apóstolo como Paulo, Pedro, João, Mateus, André, Felipe, etc.?

3) Se você acredita, então minha próxima pergunta é essa: você viu Jesus ressurreto? Ele lhe apareceu e lhe comissionou como apóstolo? Pois foi assim que ele fez com os Doze e com Paulo. Todos eles foram chamados diretamente por Jesus e o viram depois da ressurreição. Se você disser que Jesus lhe apareceu e lhe comissionou, pergunto ainda como fica a declaração de Paulo em 1Coríntios 15:8, "e, afinal, depois de todos, [Cristo] foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo"? Ele está defendendo que Jesus apareceu a várias pessoas, depois da ressurreição, e "afinal, depois de todos" apareceu a ele. Literalmente, no grego, Paulo está dizendo que "por último de todos" (eschaton de pantwn) Cristo apareceu a ele. Ou seja, Paulo entendia que a aparição do Cristo ressurreto a ele era a última de uma seqüência. É assim que os cristãos históricos sempre entenderam. Se a condição para ser apóstolo era ter visto Jesus ressurreto, conforme Pedro declarou (Atos 1:22; veja também 1Coríntios 9:1), então Paulo foi o último apóstolo. Desculpe, não creio que Cristo lhe apareceu no corpo da ressurreição. Se você disser que sim, prefiro acreditar em Paulo, de que ele foi o último.


4) Você acha, sinceramente, que usar esse título de alguma forma vai ajudar a Igreja? Em que sentido? Veja só, grandes líderes da Igreja, através de sua história, pessoas que deram contribuições duradouras na área de teologia, missões, social, nunca buscaram esse título. Nem mesmo aqueles grandes homens de Deus que viveram na época imediatamente após os apóstolos e que foram discípulos deles, como Papias e Policarpo. Outros, como Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, Spurgeon, e os grandes missionários como Carey, jamais arrogaram para si essa designação. Se alguém teria esse direito, depois dos apóstolos, seriam eles, e não pessoas como você e outros que se apropriaram desse título, e cuja contribuição para a Igreja cristã é mínima comparada com a contribuição deles.




5) Outra pergunta. Pelo que entendi, você é o fundador e presidente dessa igreja "Igreja Apostólica Global da Misericórdia de Deus". Como você concilia isso com o fato de que os apóstolos de Cristo não se tornaram donos, presidentes, chefes e proprietários das igrejas locais que eles fundaram? Eles eram apóstolos da Igreja de Cristo, da igreja universal, e não de igrejas locais. A autoridade deles era reconhecida por todos os cristãos de todos os lugares. Aonde eles chegavam eram recebidos como emissários de Cristo, com autoridade designada por ele. A prova disso é que os escritos deles, como os Evangelhos e as cartas, foram recebidos por todas as igrejas como Palavra de Deus e autoritativas em matéria de fé e prática, foram organizadas e colecionadas naquilo que hoje conhecemos como o cânon do Novo Testamento. Pergunto, então: quem reconhece sua autoridade como apóstolo? As igrejas cristãs do Brasil ou somente sua igreja local? Seus escritos, seus sermões -- eles são recebidos como Palavra infalível e autoritativa da parte de Deus em todas as igrejas cristãs ou somente na sua igreja local?


6) Juvenal, pelo que me recordo de você, você sempre foi uma pessoa com dificuldades de relacionamento com as autoridades. Lembra daquela suspensão que você pegou no seminário por desacato ao diretor e ao capelão? Para não mencionar as brigas constantes que você tinha em sala de aula com os professores, não por causa dos conteúdos, mas porque você insistia em questionar, às vezes até zombeteiramente, a autoridade deles em sala de aula. Lembrando-me desse traço da sua personalidade e do seu caráter, até que posso entender o motivo pelo qual você resolveu abandonar o sistema conciliar da nossa denominação e fundar uma outra, onde você é o chefe supremo. Imagino que você não presta contas a ninguém da sua conduta, do que ensina e de como usa os recursos financeiros que arrecada. Afinal de contas, acima dos apóstolos só Jesus Cristo, e pelo que sei, ele não emite nada-consta nessas áreas...


7) Uma última pergunta e depois vou lhe deixar em paz. Você faz os mesmos milagres que os apóstolos fizeram? Não me refiro a curas em massa de pessoas que não têm CPF nem endereço e que foram curadas de males internos como enxaqueca, espinhela caída, pressão alta, etc. Refiro-me à curas daquele tipo efetuadas pelos apóstolos de Cristo, de aleijados, surdos, cegos, paralíticos, cujas deformidades, endereço e identidade eram conhecidos das comunidades. Refiro-me às ressurreições de mortos, como a ressurreição de Dorcas feita por Pedro. Você faz esse tipo de sinais? Os apóstolos não fracassaram nunca quando diziam "em nome de Jesus, levanta-te e anda". O índice de sucesso deles era de 100%. E as curas eram instantâneas e completas. Quem era cego voltava a ver completamente, e não em parte. Aleijados voltavam a andar e a pular. Você faz isso, Juvenal? Você se incomodaria em me deixar participar de uma daquelas reuniões de cura que você anuncia em seu programa, para que eu entrevistasse as pessoas que dizem ter sido curadas? Não me leve a mal, mas é que tem muita charlatanice nesse meio, muita gente que é paga para dar testemunho falso de cura, muitos que pensam que foram curados quando no máximo foram sugestionados nesse sentido. Curas reais e autênticas serão assim comprovadas por laudo médico, exames, etc. Não é que eu não creia em milagres hoje. Eu creio, sim, que Deus cura hoje em resposta às orações. Inclusive, eu mesmo já fui curado em resposta às orações. O que eu não creio é que existam hoje pessoas com o dom apostólico de curar simplesmente pelo comando verbal, e de realizar curas imediatas e completas de aleijados, cegos, surdos, paralíticos, doentes mentais, cancerosos, aidéticos, etc. Esse dom fazia parte do equipamento apostólico e servia como "credenciais do apostolado", conforme Paulo declarou aos coríntios (2Coríntios 12:12). Se você não é capaz de fazer os sinais que os apóstolos faziam, não creio que tenha o direito de se chamar de apóstolo.


Bom, não sei se você vai me responder. Fique à vontade. Eu precisava lhe perguntar essas coisas, para não ficar imaginando no coração que você é um mercenário, uma daquelas pessoas que está disposta a tudo para ganhar poder, espaço e dinheiro, mesmo que seja às custas da credulidade do povo brasileiro e em nome de Deus.


Um abraço,



Augustus

terça-feira, 15 de março de 2011

DEUS NÃO TEM PRESSA!!!


Deus não tem pressa. Aliás, desconfio que Ele não tenha relógio. Más, ao contrário do que possa parecer, a frase "deus tarda, mas não falha" também não lhe diz respeito.

Acompanhe o que talvez seja a segunda proposta de trabalho de Deus ao homem. É bom lembrar que a primeira - feita a Noé-, da idéia a realização, levou não menos do que cem anos. Agora, trata-se de um projeto novo. Uma espécie de PAC (Plano Ancestral de Crescimento) da humanidade: "Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade o Senhor lhes apareceu e disse: "Eu sou o Deus Todo-Poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro. Estabelecerei a minha aliança entre mim e você e multiplicarei muitíssimo a sua descendência"(Gn 17.1-2).

O leitor sabe do que Deus esta falando, e não é a primeira vez que Todo-Poderoso toca no assunto. Cinquenta anos antes, Deus havia sugerido uma mudança radical na vida do velho e manso Abraão. E, até agora, nada. Mas Deus repete as suas intenções.

Aqui, volto ao argumento inicial. Nós temos pressa - necessidade intensa de alcançar um objetivo. Não nos contentamos com o "enquanto". A travessia não nos interessa, queremos chegar "lá". No entanto, Deus não é assim. Ou você faria um contrato de longo prazo com alguém de 99 anos de idade? Mas, ao conversar com Abraão, como se fosse necessário, Deus relembra também que Ele(Deus)é. Depois, como se falasse a bando de adolescentes com hormônios á flôr da pele, reclama obediência e integridade. E, por ultimo, com fina ironia, fala dos seus planos, claro, para o futuro...

Deus não tem pressa. Melhor, Deus tem tempo. E, graças a Ele, mesmo sem saber exatamente que horas são, nós cabemos nos seus planos. Nesses dias corridos e em meio aos imprevistos, não há melhor consolo do que escutar: "Ainda dá tempo"...(Sl 90). Nas palavras de C. S. Lewis, "A Deus pertence o nosso futuro, não importa se o deixamos em suas mãos ou não".

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PRA QUE A IGREJA EXISTE???


Pra que Jesus Cristo instituiu a sua igreja no mundo? Qual o propósito de Deus para a igreja cristã? Ao longo dos últimos dois mil anos, os cristãos ofereceram diversas respostas a esta pergunta. Já houve quem acreditasse que o propósito da igreja de Cristo era consolidar o poder do império romano, conquistar e explorar novas terras e povos, expandir os domínios dos tronos europeus, perseguir hereges, controlar o estado, promover acções sociais, construir escolas ou hospitais, impor a imoralidade cristã a uma sociedade não cristã etc. Apesar de serem diferentes entre si, todas as respostas tinham uma coisa em comum: Elas se desviavam do supremo propósito que o próprio Senhor da igreja estabeleceu pra ela- a evangelização dos perdidos.
O texto bíblico conhecido como "a grande comissão"(Mateus 28:16-20) revela que para Jesus a igreja não tinha outro propósito senão
transformar pecadores em discípulos de Cristo. Segundo o próprio Senhor, todos os recursos - materiais, humanos e espirituais - da igreja devem ser empregados na suprema tarefa de alcançar os perdidos com a mensagem do evangelho (literalmente: boa nova). Ele não deixou os discípulos escolherem o que deveriam fazer com os recursos que tinham. Pelo contrario, Jesus estabeleceu pessoalmente a prioridade da igreja: a evangelização. Quanto a suprema missão da igreja no mundo, esta passagem do evangelho oferece respostas muito claras a pelo menos quatro perguntas:

Quem deve evangelizar?

Quando Jesus reuniu seus onze discípulos (judas iscariotes já havia se suicidado), ele incumbiu todos eles da responsabilidade missionária. Jesus não dispensou Tomé, por ter duvidado; não recusou Pedro, por tê-lo negado; não preferiu João, por ser o discípulo amado. Ele delegou esta tarefa a todos os onze. Mas que isso, o livro de Atos dá provas inequívocas de que os primeiros cristãos entenderam que a responsabilidade missionária era de todos, não só dos onze. Em Atos 8; 1-4, a bíblia diz que, após o martírio de Estêvão e a consequente perseguição deflagrada contra os cristãos , a igreja teve de se espalhar pela Judeia e Samaria, ficando apenas os onze apóstolos em Jerusalém. Enquanto iam, os cristão pregavam o evangelho a onde passavam. Um pouco mas adiante em Atos 11:19-21, mais uma vez vemos todos os cristãos envolvidos na evangelização dos cidadãos da Fenícia, Chipre e Antioquia, Em 1 Pedro 3:14-15, o apóstolo de Jesus orientou todos os cristãos perseguidos, dizendo:
"...não fiquem amedrontados. Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês". Ou seja a Evangelização deve ser encarada como responsabilidade de todos os crentes, não apenas de um grupo de pessoas vocacionadas ou especialmente treinadas para isso.

O que significa evangelizar?
O escritor e teólogo John Stott afirma que
"Evangelizar é tornar conhecido, em palavra e em ação, o amor de Cristo crucificado e ressuscitado no poder do Espírito Santo, afim de que as pessoas se arrependam, creiam, e recebam Cristo como seu Salvador e, em obediência, sirvam a Ele como seu Senhor na comunhão da igreja".

O chamado pacto
de Lausanne, documento elaborado em 1974, por líderes cristãos de 150 países, em Lausanne, na Suíça, define assim o termo evangelizar: "Evangelizar é propagar as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e foi ressuscitado dentre os mortos, segundo as Escrituras; e, como o Senhor que reina, Ele oferece agora o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos que se arrependem e crêem". Isto é, Evangelizar não é simplesmente propagar a crença ou ao ponto de vista de um determinado grupo religioso, mas conforme deixa claro a própria "grande comissão", é fazer discípulos de Jesus. É ensinar os pecadores a se arrepender, crer em Cristo para a salvação e obedecer a palavra de Cristo, adotando-a como suprema regra de fé e conduta.
Evangelizar significa transformar pecadores em discípulos de Jesus.

Como devemos evangelizar?
Ninguém pode ensinar aquilo que não sabe. eu, por exemplo não posso ensinar a ninguém a tocar violino, já que não sei absolutamente nada sobre isso. se evangelizar é ensinar os pecadores a se arrepender, a crer em Cristo para a salvação e obedecê-lo, deve-se exigir arrependimento, fé, (ou fidelidade), e obediência daqueles que estão incumbidos desta tarefa. Caso contrário, não estaremos habilitados para evangelizar. Não é preciso ser pastor, teólogo ou professor para fazer discípulos. Só é preciso uma coisa; ser um discípulo. A evangelização se faz; pregando o arrependimento e a fé em Jesus; pedindo uma decisão urgente pela obediência a Cristo; recebendo os convertidos como verdadeiros irmãos; apresentando a a bíblia como regra de fé e conduta, apresentando a si mesmo como bom modelo de discípulo de Jesus; e orando para que os perdidos se convertam e os discípulos cresçam á semelhança de Cristo. È assim que se evangeliza, não apenas decorando algumas
"fórmulas mágicas" de oração ou de apresentação do evangelho.

Porque devemos evangelizar?
É possível fazer a coisa certa, pelas razões erradas . Certa ocasião, o Apóstolo Paulo chegou a dizer que
"Alguns pregam Cristo por inveja e rivalidade".(Filipenses 1;15). O que era verdade na igreja dos Apóstolos, também o é atualmente. Muitos podem evangelizar por motivações absolutamente erradas ou pecaminosas . Ha quem o faça visando; expandir a influência da sua denominação, aumentar a arrecadação financeira, conseguir mas votos para determinados candidatos ou partidos políticos ou simplesmente vencer uma discussão com alguém que professa outra fé que não a cristã. Contudo, nenhuma destas razões podem ser considerada suficiente, adequada ou justificável para a evangelização. Devemos evangelizar basicamente por três motivos; primeiro, porque amamos a Deus, portanto, nosso principal desejo deve ser agrada-lo acima de tudo. Segundo, porque amamos os perdidos, portanto devemos estar sinceramente preocupados com a condição eterna deles. E terceiro, por obediência a Cristo, portanto, mesmo que não tivéssemos nenhuma outra razão para faze-lo (o que obviamente não é o caso), deveríamos evangelizar mesmo assim.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A incomparável Pessoa de Cristo !!!


Do ponto de vista bíblico-teológico, a salvação se dá por meio da fé em Jesus Cristo e é a obra que Deus realiza graciosamente no homem, libertando-o do poder e das consequências do pecado.

Essa afirmação parte do pressusposto que o ser humano tem necessidade de salvação. Pode-se perguntar, então, o porquê necessitamos de salvação. Ora segundo os ensinos das Sagradas Escrituras, o ser humano possui uma culpa que foi herdada de Adão, o pai da humanidade. Esta culpa é conhecida como "pecado imputado" ou "culpa imputada", é a culpa que todo ser humano carrega por ter participação no pecado de Adão (Rm 5:12-21). Outro problema sério do ser humano, desde Adão, é o fato de possuir uma "natureza pecaminosa", também chamada de "Natureza corrompida", "Poluição original" ou "Corrupção herdada".

Trata-se da condição em que estão todas as faculdades do homem, tornando-o incapaz de agradar a Deus. É a total falta de bem espiritual e incapacidade do homem em fazer o bem de maneira agradável a Deus. Os efeitos do pecado se estendem a todos os aspectos do ser humano, de modo que não se pode confiar em nenhuma de suas faculdades, seja razão, a vontade ou emoção, por exemplo. Não quer dizer que os homens cometam todo o mal de que são capazes, nem de é impossivel alguém praticar boas ações, mas significa que todos os aspectos da natureza humana (intectual,volitivo,moral, físico...) foram e estão contaminados pelo pecado, o que torna o homem imcapaz de se relacionar com Deus e inclinado a fazer tudo o que é reprovado aos seus olhos.

Além destes problemas, o homem também comete atos pecaminosos, ou seja, pratica pecados pessoas, que são atos e atitudes individuais que contrariam o caráter Santo de Deus, seja por omissão(não fazer o que Deus diz) ou por comissão (fazer o que Deus proíbe).
Como se vê, diante desse quadro geral em que se encontra o ser humano, ha razões de sobra para concluir que necessitamos de salvação. È por isso que Cristo se fez homem e, segundo as Escrituras, é somente por meio de seu sacrificio que a salvação pode ser alcançada. Não ha outro meio de libertação do pecado e de suas consequências, a não ser o sacrificio de Cristo. Este produz efeitos imensuráveis em favor do ser humano, dentre os quais pode-se destacar alguns, que são fundamentais para a compreensão da salvação. O primeiro, profundamente marcante, é conhecido como vicário. Entende-se que Cristo morreu no lugar dos pecadores, ou seja, ele substituiu o pecador, tirando o castigo do pecado e permitindo a imputação da sua justiça sobre tal pecador (Rm 5:6-8; Co 5:15, 21; 1Pe 3:18; 2Pe 2:21-24). A obra de Cristo também produz redenção. Cristo é o nosso redentor, ou seja, pagou o preço ou resgate para libertar o homem (Rm 3:24 ; 1Co 6:19-20; 1Pe 1:18-19; Ap 5:9). Não se pode esquecer, também, que jesus Cristo satisfez a justa ira de Deus contra os pecados humanos atravéz da sua morte (Rm 3:25-26; Hb 2:17; 1Jo 2:2). Este efeito pode ser chamado de propiciatório, pois Deus, por ter um caráter Santo, não pode deixar impune o mal, nem fingir que o mal não existe, ou que não tem importância. Sendo assim, em Cristo a justa ira de Deus foi sastifeita e o ser humano pode desfrutar dos beneficios advindos da propiciação.

Outro efeito marcante da obra de Cristo é que sua morte proporcionou a restauração da paz entre Deus e o homem, que havia sido perdida com a queda no jardim do Èdem(Rm 5:1, 10-11; 2Co 5:18-21; Ef 1:10; 2:16; Cl 1:20-22). Ele é, pois, o agente reconciliador entre Deus e o homem. Além disso, ele é o nosso justificador, pois Deus perdoa os pecados de homens e mulheres, aceitando-os como justos com base na obediência e morte redentora de Cristo como nosso representante((Rm 5:1; 3:19-26; 1Co 6:11). Isto é surpreendente! mesmo sendo injustos, Deus nos declara justos por causa da justiça de Cristo! A pessoa de Cristo é, realmente, incomparável!.